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Óculos Rift e muita nostalgia no estande da Hyperkin

Direto da Brasil Game Show 2013 em São Paulo – Quem poderia imaginar que em meio a tantos lançamentos com gráficos e tecnologias de última geração, o bom e velho Super Nintendo ainda teria destaque em uma feira de games? A Hyperkin, empresa com sede nos Estados Unidos, está chegando ao Brasil e trouxe à BGS o melhor da nostalgia gamer: SupaBoy, o portátil de SNES, e o Retron 5, um console retrô “tudo em um”. E por falar em tecnologia, pudemos testar o Oculus Rift, o óculos de realidade virtual que promete revolucionar a forma com que você joga videogame.

Um Super Nintento portátil

O SupaBoy é a realização de um sonho de praticamente toda a geração gamer do final dos anos 80 e início dos anos 90. Basta reparar na reação das pessoas que passam pelo estande vêem o console portátil. Com ele, você pode jogar clássicos como Super Mario World, Donkey Kong Country, F-Zero, Zelda, e muitos outros, direto dos cartuchos e em qualquer lugar.

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Logo a primeira vista, o tamanho pode assustar, mas ele não é tão pesado quanto parece. O formato é parecido com um controle de Super Nintendo: botões A,B,X e Y do lado direito, direcional do lado esquerdo e a tela de 3.5” no centro. Na parte de cima fica o encaixe para os cartuchos, tanto do modelo americano quanto do japonês. Na parte da frente, há encaixes para dois controles de SNES, que, junto da saída para TV, transforma o portátil em um Super Nintendo completo.

Os jogos rodam muito bem. Basta inserir o cartucho, ligar o console e jogar. A pegada é muito parecida com o controle do SNES, mesmo com a espessura maior do console. Devido ao barulho próximo ao estande, não pudemos testar o som de maneira satisfatória, mas há entradas para fones de ouvido. Há suporte para salvar o progresso na memória interna, mas apenas em jogos que oferecem esta opção, igual ao SNES original. A bateria é de 1.400 mAh e promete até 5 horas de duração. O SupaBoy estará disponível a partir de dezembro deste ano por R$449,90.

O console tudo em um

O Retron 5 é o console “tudo em um” para gamers retrô. Lembra daquela briga entre os donos de Mega Drive e os donos de Super Nintendo? Pois agora eles podem reatar a amizade graças ao suporte do Retron 5 aos cartuchos e controles de ambos os sistemas (e também de NES, Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance, e Master System). Ao total, são 10 consoles clássicos em 1 – contando as versões japonesas do Nes (Famicon), SNES (Super Famicon) e Mega Drive (Genesis).

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Com o Retron 5, você vai poder jogar seus games favoritos da época de ouro dos 16 bits em uma tela de alta definição. O console tem saída HDMI e foi criado para ser jogado nas tevês atuais. Oficialmente, o Retron 5 virá com um controle Wireless próprio, mas há conexões para joysticks do Mega Drive, Super Nintendo e Nintendinho. Também há suporte para cartões SD para você guardar seu progresso sem precisar deixar o videogame ligado ao sair de casa.

O Retron 5 tem lançamento previsto para 10 de Dezembro nos Estados Unidos, e, segundo a empresa, chegará ao Brasil apenas duas semanas após o lançamento lá fora, por R$599,90.

Óculos de realidade virtual

Uma das maiores promessas de revolução no universo gamer desde o lançamento do Nintendo Wii e do Kinect é o Oculus Rift. Ele promete levar ao extremo a imersão nos games, colocando o jogador “literalmente” dentro do jogo. Na BGS, um dos poucos protótipos em fase final está disponível para ser testado pelo público. E nós jogamos.

Apenas dois games estavam disponíveis para testes com o Oculus Rift: Minecraft e Team Fortress 2. Quando fomos testar os óculos, apenas o Minecraft estava funcionando, mas já deu para sentir o funcionamento do gadget. Ao colocá-lo pela primeira vez, é preciso receber ajuda para se situar, mas o incômodo logo passa. O encaixe do óculos é confortável, e a tela não agride a visão, apesar da proximidade com os olhos.

Não dá para dizermos se os gráficos exibidos pelo óculos são os mesmos do PC devido à “singularidade” dos gráficos do Minecraft, mas fiquei com a sensação de que a resolução da tela não é tão alta. Pode ser culpa de alguma configuração feita às pressas  – afinal, é muita gente para testar – mas a imagem não estava tão nítida quanto esperávamos.

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O que impressiona, porém, é capacidade de imersão do Óculus Rift. Você pode olhar para qualquer lado, e será como se realmente estivesse dentro do jogo. A escolha do Minecraft para o teste foi muito bem feita, pois a realidade virtual proporcionada pelo Óculus Rift se encaixa perfeitamente à proposta do jogo. No entanto, leva um tempo para se adaptar à nova mecânica: instintivamente, eu mexia o análogico para o lado em que virava a cabeça – o que era desnecessário.

A experiência também foi um pouco prejudicada pelo suporte do Minecraft ao controle do Xbox, e me peguei apertando botões demais sem necessidade. Segundo o pessoal da Hyperkin, quem lentes ou óculos também poderá aproveitar o gadget sem problemas.

Outro gadget que testamos foi o capacete ComRad. Sim, um capacete de guerra para pode ser utilizado junto do Óculus Rift. Mas ele não vai te proteger das explosões nos jogos; o ComRad é, na verdade, um headset sem fio, com som surround e microfone acoplado. A bateria tem autonomia de até 3 horas de jogo, mas leva até 5 horas para ser carregada via USB.

No nosso teste, não foi possível experimentar tudo o que o gadget oferece, mas se você se gosta de headsets diferentes, o ComRad já está à venda no site da Hyper Mega, representante da Hyperkin no Brasil, por 300 reais.

Tags: Brasil Game Show

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