Dizer que o mundo mudou drasticamente como resultado da crise sanitária da COVID-19 já virou eufemismo. A realidade é que muitos dos efeitos dessa crise ainda estão sendo compreendidos. Um dos muitos temas em voga é a segurança cibernética enquanto crianças estudam em casa – até porque o modelo de ensino híbrido ou virtual já é uma realidade para muitas famílias.
Considere que, há meses, quando a pandemia começou, as preocupações imediatas da população, compreensivelmente, estavam em torno da economia, da infraestrutura de saúde e da saúde familiar. De fato, o Unisys Security Index™, estudo global sobre preocupações dos consumidores com segurança, mostrou que apenas a metade dos brasileiros (52%) expressaram sérias preocupações sobre o impacto da pandemia na educação de seus filhos. Nossa visão é que existia – e ainda existe – uma falsa sensação de segurança enquanto trabalhamos, fazemos compras e utilizamos o ensino à distância.
Agora, mais acostumados com o isolamento social, os estudantes parecem estar passando muito mais tempo em seus computadores. Alertamos para o risco com ameaças cibernéticas, que podem afetar inclusive outros membros da família que utilizam uma rede Wi-Fi compartilhada.
A seguir, algumas dicas para que as famílias permaneçam digitalmente seguras enquanto navegam neste novo ambiente, seja educando as crianças de casa ou simplesmente estando online.
1. Monitorando os riscos – Se os responsáveis não puderem supervisionar totalmente uma criança enquanto ela estiver em suas atividades escolares, é possível recorrer a “softwares-babás” que ajudam a monitorar computadores e que podem ser usados inclusive para ensinar às crianças quais websites são ou não apropriados. Essas plataformas também geram relatórios sobre conteúdos gerais acessados pelas crianças na web.
2. Eduque seus filhos sobre segurança cibernética – É importante construir consciência para seus filhos estejam sempre ligados e conversando sobre o que eles veem na internet. Dar a eles espaço e criar relações de confiança para que possam perguntar coisas sem medo de represálias é fundamental par poupá-los de possíveis perigos que podem surgir na web.
3. Verifique links e hyperlinks – Se você tiver dúvidas sobre um conteúdo que seus filhos estão acessando, vale checar o domínio na URL para garantir, por exemplo, se o “https:” esteja lá. Essa sigla representa que aquele site não é uma cópia utilizada para roubo de dados. Também podemos contar com os buscadores online para verificar a idoneidade de páginas acessadas pelas crianças. Outra dica: antes de clicar em páginas que lhe são enviadas, passe o mouse sobre o link com sua seta e certifique-se de que ele o está levando ao site pretendido.
4. Proteja devidamente o computador – Certifique-se de que você está protegendo sua rede Wi-Fi e dispositivos ao redor da casa, corrigindo e atualizando versões de softwares. Outra dica básica, mas muito importante: altere com frequência suas senhas, utilizando mais que oito caracteres e que incluam letras maiúsculas e minúsculas, números e letras especiais.