Há quase duas décadas, os computadores, que começavam a se popularizar, eram usados de forma stand-alone. Ou seja, não precisavam de mais nada para serem úteis. Eu lembro de ir à casa de um amigo mais abastado, no final dos anos 90, apenas para ficar a tarde usando o computador. Editávamos alguns trabalhos escolares, jogávamos – principalmente jogávamos – e “desenhávamos” no Paint. Nos divertíamos com o computador, equipado com o jurássico Windows 98 e sem acesso à internet. Hoje uma máquina sem acesso à grande rede é absolutamente inútil! Praticamente toda forma de entretenimento é feita online, desde ouvir músicas até jogar videogame. Tudo é feito na internet!
A maioria trilha pela ilegalidade para curtir seu artista favorito ou assistir à sua série ou filme preferido. A busca por alternativas legais para consumir entretenimento nem sempre é fácil. Em tempos que ouvimos mais músicas em celulares e computadores e vemos vídeos em videogames ou mediacenters, é quase um desafio comprar um CD ou alugar um filme – às vezes é mais fácil baixar ilegalmente alguma coisa do que comprar. Felizmente, para cada problema causado pelo avanço da tecnologia surge uma solução para facilitar ainda mais a nossa vida. No caso do entretenimento, com o crescimento das velocidades de conexão à internet, o streaming (isto é: a execução de conteúdo diretamente da web) tem sido uma excelente solução. Para filmes e séries, temos alternativas como o Netflix e o Hulu, enquanto que para músicas temos o Spotify, Deezer e o Rdio. O consumo de conteúdo está migrando da “era dos downloads” para a “era do streaming”. Na coluna Review da Semana iremos analisar o Rdio, dando detalhes sobre a experiência de uso e entendendo como é o seu funcionamento.
O Rdio é um serviço de streaming de música por assinatura que foi criado há quase três anos pelos mesmos fundadores do Skype. A premissa é simples, mas desafiadora: Um serviço que tenha acordo com as principais gravadoras para disponibilizar para os assinantes o maior catálogo de músicas possível em qualquer lugar e por um preço justo. O serviço chegou ao Brasil pela operadora Oi, sob o nome de Oi Rdio, no final de 2011. Foi o primeiro grande serviço de música a ter suporte oficial no país. Vamos falar um pouquinho sobre os recursos aos quais o assinante tem acesso.
Recursos
Os principais recursos do Rdio são exatamente o esperado de um serviço do tipo: Ele possibilita ouvir músicas por streaming (e por download em dispositivos móveis), criar Playlists, seguir seus amigos (e ver o que eles estão ouvindo), compartilhar músicas em redes sociais (como Facebook, Last.fm e Twitter) e descobrir novas bandas em um tipo de DJ automático. O modo de controle remoto permite controlar o que está em reprodução no Rdio pela interface Web ou pelos aplicativos móveis. Não há nenhum recurso adicional extraordinário, mas é nos aplicativos e no catálogo que o serviço mostra que não está pra brincadeira.
Aplicativos e Plataformas
O Rdio é quase onipresente! Está disponível na maior parte das plataformas móveis e desktops atuais. Para os computadores de mesa, o serviço oferece um aplicativo para Windows, um aplicativo para Mac OS X e uma interface Web, para que o usuário possa ouvir mesmo em computadores em que ele não tem privilégios administrativos, como na escola ou no trabalho. Todas as opções permitem as mesmas coisas, como ouvir músicas, criar playlists, interagir com usuários e outros. Pela minha experiência, o aplicativo Windows é um pouco mais instável do que a versão Mac. Os aplicativos não são matadores – faz falta poder ouvir suas próprias *.mp3 no programa, como faz o Spotify – mas fazem bem o que se propõem a fazer.
No cenário móvel, o usuário também é muito bem servido! Existem aplicativos disponíveis para Android, iOS, Windows Phone, BlackBerry e os media centers Sonos e Roku. Um recurso interessante dos aplicativos móveis é a possibilidade de sincronizar músicas com a memória do dispositivo para ouvi-las mesmo que sem conexão de rede ativa. Como citado anteriormente, os aplicativos móveis complementam muito bem os aplicativos desktop com o modo Controle Remoto, que permite controlar a reprodução remotamente através dos dispositivos móveis ou da interface web.
Catálogo
Em agosto do ano passado, foi anunciado pela empresa que o acervo atual era de 18 milhões de músicas, após fechar a parceria com duas novas distribuidoras musicais. E, de fato, é difícil encontrar algo indisponível no Rdio. Infelizmente, o que ocorre com alguma frequência é encontrar algum álbum com barreiras geográficas impostas pela gravadora que permitem que o Rdio tenha direitos de reprodução da música, mas em outros países, não no Brasil.
Felizmente, quando não aparecem as restrições de localidade, o Rdio realmente tem um catálogo muito extenso, com milhões de músicas nacionais e internacionais ao dispor do usuário. Mesmo bandas pequenas são encontradas sem dificuldades.
Conclusão
O Rdio é uma excelente pedida para quem está procurando um serviço que lhe permita ouvir música de maneira legal por um preço extremamente atrativo! Pela bagatela de R$8,99 (para ouvir apenas no navegador ou desktop) ou R$14,90 (para ouvir também em dispositivos móveis) por mês você tem acesso a tudo que descrevemos até agora. Existem também planos família que deixam o pagamento reduzido no caso de contratar duas ou três assinaturas em conjunto. Os preços foram convertidos em 1:1 dos preços americanos, ou seja, o plano em que você paga R$14,90 custa US$14,90 lá nos EUA, deixando os preços ainda mais amigáveis no Brasil.
Independentemente do preço, o serviço provavelmente vai atender bem todos os tipos de usuário que possam fazer a assinatura. Seja um fanático por música procurando bandas novas, seja alguém tentando se livrar da pirataria ou só alguém que não tem muito espaço pra músicas no smartphone. Em uma palavra: Recomendadíssimo.
E você, já conhecia e usava o Rdio? Se sim, nos diga o que acha desse serviço de streaming de música nos comentários! Mas se nunca tinha ouvido falar dele antes, nos diga se achou tanto a nossa análise como a nossa sugestão atrativas. Esperamos que tenham apreciado o serviço e gostado da nossa análise. Há alguma recurso ou informação que deixamos de fora? Basta nos avisar nos comentários que atualizaremos o post com mais informações! Esta foi a nossa coluna Review da Semana e esperamos sinceramente que tenha gostado. Caso queira mandar alguma sugestão de programa ou serviço para ser analisado, basta enviar um e-mail para [email protected]. Da mesma forma, aceitamos críticas e, por que não, elogios. Abaixo, mais algumas análises publicadas anteriormente:
