Em entrevista à Betway ex-pro player revela segredos da carreira no e-Sports

Quem olha de longe a carreira dos jogadores de e-Sports pode achar que é bastante simples. Ganhar a vida jogando o dia inteiro, para muitos, parece fácil e até divertido. Porém, a realidade não é sempre tão doce.

 

No caso das mulheres, há um degrau a mais a ser percorrido. Como muitos homens não acreditam no potencial delas, é preciso fazer um esforço maior para chegar ao mesmo patamar. A heptacampeã de CS:GO Amanda “AMD” deu esta entrevista para o time da  Betway, site de eSports bets, onde explica como começou a carreira e quais foram os desafios.

 

Confira a seguir os pontos principais sobre a história da ex-pro player!

O começo de tudo

Um desafio que muitos enfrentam em uma carreira diferente é a resistência da família. Afinal, será que os jogos dão dinheiro e garantem a estabilidade?

 

A mãe de AMD jogava Tomb Raider e entendia um pouco desse universo, diferentemente de outras mães. Porém, isso não foi o suficiente para que deixasse de temer pela filha. O problema é que lá em 2010 tinham pouquíssimos exemplos femininos que tiveram sucesso. E foi por isso que foi difícil para minha mãe acreditar que eu chegaria a algum lugar”, afirma a jovem.

 

Apesar dessa desconfiança familiar e da falta de representatividade, ela não desistiu. AMD continuou jogando, até mesmo quando já estava na faculdade de Direito.

 

No começo, a jovem não recebia salário ou qualquer incentivo. No entanto, essa realidade mudou quando ela passou a ser tratada como uma atleta de alto nível. Em 2017, AMD disputou o 1º mundial e, desde então, a mãe e todos começaram a acreditar no futuro da jovem.

 

Amizades para toda a vida

Será que o universo de competições é hostil e desafiador para as amizades? De acordo com a AMD, não. Aliás, o e-Sport trouxe várias pessoas importantes para a vida da jovem.

 

Um dos maiores laços foi com a Olga Rodrigues, que conheceu na Bootkamp e que hoje faz parte da FURIA. “A Olga me inspira como mulher. Chego a me emocionar ao falar um pouco sobre isso porque eu tenho uma ligação muito forte com ela”, complementa”, comenta sobre a amiga.

 

Machismo velado

Por ser um ambiente predominantemente masculino, é comum encontrar no cenário e-Sports homens que ainda não enxergam o valor das mulheres. AMD disse que já presenciou e vivenciou situações incômodas, mas que se tornaram raras por ela ser popular no meio.

“Hoje em dia, com a cultura do cancelamento, eu acho que o machismo é muito mascarado. Quando você é conhecido no cenário dificilmente vai passar por isso diretamente, então hoje em dia eu não sofro mais, mas eu vejo muita gente ainda sofrendo. Eu sempre tento mostrar apoio para essas meninas. Comigo, eu sinto que isso me atinge de forma indireta, por exemplo, em uma questão de salário, cachê e oportunidades mesmo”, afirma.

Mudança para comentarista

Este ano, AMD foi obrigada a sair da cena do e-Sports, por conta de uma tendinite crônica. Porém, ela não desistiu de atuar nos jogos eletrônicos.

“Quero me consagrar na carreira de comentarista. Espero ir muito longe nessa profissão porque eu literalmente me apaixonei por esse mundo”, afirma em conversa exclusiva para a Betway. Além disso, a jovem tem projetos para incentivar uma maior participação feminina no esporte.

Como se percebe, AMD ainda tem um longo caminho pela frente – ainda que não seja nas competições em si. Sem contar que a jovem já é uma inspiração para as novas gerações de jogadoras!

Tags: Betway, carreira, e-sports, pro-player, segredos

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