Após o lançamento do Ubuntu 9.04, codinome Jaunty Jackalope, muitas distribuições que o utilizam como base devem estar para sair. Uma das mais conhecidas é o Linux Mint, que chega a sua versão 7, codinome Gloria, com bastantes novidades.
Praticamente idêntica ao Ubuntu, a proposta do Linux Mint é oferecer uma distribuição descomplicada e elegante, daí seu slogan From Freedom Came Elegance – Da Liberdade Veio a Elegância, em tradução livre. O diferencial, fora o apelo visual, é a disponibilidade de recursos proprietários habilitados por padrão, ou seja, Codecs, Flash, Java, e também suporte a Silverlight, com o plugin Moonlight pré-instalado, e de recursos que buscam facilitar ainda mais o uso do sistema, com ferramentas para instalação e gerenciamento de pacotes mais simplificada e um menu principal diferente do usual, buscando agregar funções e agilizar o acesso a aplicativos.

Os pacotes, aliás, são os mais atualizados possíveis. Firefox 3.0.10, Xorg 7.4, Kernel 2.6.28 e Gnome 2.26.1. Vem ainda com o Pidgin, Xchat e Rhythmbox 0.12, além do Thunderbird como cliente padrão de email, no lugar do tradicional Evolution.
O que mais chama atenção nesta distribuição é o MintMenu, um miniaplicativo para o painel do Gnome que funciona, digamos, como um menu iniciar, porém, mais completo do que o do Windows – não é uma crítica à Microsoft, e sim um elogio ao Linux Mint. Alguns usuários o acham confuso, preferindo os menus tradicionais, entretanto, o pulo do gato desta nova versão foi a implementação de uma função que promete: o campo Filter.

Parece simples, uma mera caixinha de busca, coisa que já vimos no Vista. O que a torna excepcional, é a possibilidade de instalar programas diretamente do mintMenu! Ou seja, aperte a tecla do Windows, ou Super, e comece a digitar o nome do pacote. Instantaneamente, ele lhe dará quatro opções: Procurar no Portal, Procurar nos Repositórios, Mostrar Pacote e Instalar Pacote. Aí é só escolher a melhor opção e instalar o software. Pode parecer algo banal, mas faz uma diferença.

Outra melhoria do Mint em relação ao Ubuntu é o aspecto visual do sistema. Embora o Jaunty tenha incluído temas de terceiros, não conseguiu suprir esta necessidade que vem se tornando fundamental para a conquista de novos adeptos. O tema do Mint é da família Shiki Colors, famoso no mundo GTK, que combina linhas e cores suaves, sem agredir as vistas dos usuário. E sim, o trocadilho foi triste. Se o visual padrão não lhe agradar, pode escolher entre 11 outros temas, com pequenas variações de cores e tonalidades. Entre as opções estão temas das versões anteriores do sistema, para os saudosistas de plantão.

A atualização do sistema se mostra bem prática, e substancialmente diferente do Ubuntu. O mintUpdate traz diversos detalhes sobre os pacotes, bem como indicativos de importância, como pode ser observado na imagem abaixo.

Para a instalação de aplicativos, o usuário conta com outras opções além do mintMenu. Para realizar tarefas mais sofisticadas, basta acessar o mintInstall, e encontrar um gerenciador completo, dividindo pacotes por categorias, exibindo informações relevantes e screenshots sobre o aplicativo em questão. Uma adição interessante foi a opção Featured Applications, que, como o próprio nome diz, apresenta uma lista dos programas mais baixados, possibilitando uma instalação rápida, bastando um clique na caixa de seleção.

No final das contas, o Linux Mint 7 se apresenta como uma distribuição competente em entregar ao usuário uma experiência descomplicada, atingindo os objetivos propostos, claro, dentro dos limites do sistema. Vale lembrar que, embaixo de tudo isso, temos o Ubuntu, portanto, usuários fanáticos desta distro podem experimentar o Mint sem medo de se sentirem perdidos. Para baixar o Gloria e descobrir tudo o que ela tem a oferecer, acesse sua página oficial.
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